sábado, 27 de fevereiro de 2010

PARA AS INICIANTES NA DANÇA DO VENTRE

Primeiros Passos



Há um segmento da linha de aprendizado que separa os rítmos em dois: lunares e solares. Os lunares são os movimentos ondulados e redondos. Já os solares são os bem marcados como batidas de quadril, egípcio, shimy e pulsação do ventre.

R E D O N D O pequeno Girando o quadril , DESENHANDO UM PEQUENO CÍRCULO no mesmo lugar .

REDONDO MÉDIO sem alternar os joelhos projete o quadril para frente, lado, atrás outro lado, reproduzindo um pequeno círculo UM POUQUINHO MAIOR .

REDONDO GRANDE igual ao anterior porém a projeção para trás é maior.

O I T O -  para frente Coloque o quadril para o lado e torça levemente para fente, leve o quadril para o outro lado,(sem levantar o calacanhar), desenhando um oito deitado ao chão.


O I T O -  para trás igual ao anterior só que torcendo o quadril para trás após a lateralização do mesmo.



OITO MAYA (para baixo)Elevando o quadril para cima e em seguida leve para o lado descendo o calcanhar,suba ou outro lado e leve o quadril para fora, mesmo lado que você subiu, desenhando um oito  na vertical.
CAMELO para fora (pélvico)Pernas afastadas e levemente flexionadas. Quadril solto inclinado á frente, eleva-se o bum-bum para trás e depois para frente, desenhando um oito com o quadril

CAMELO para dentro Pernas afastadas e joelhos relaxados. Quadril solto projetado á frente, encaixa-se o quadril deslocando-o para trás com o abdômem encolhido, leve o peso para trás assim e relaxe quando o peso estiver no calcanhar .
BATIDA LATERAL - de quadril, transfira o peso de um lado para o outro produzindo batidinhas para os lados,


SHIMY de quadril São as batidas de quadril feitas contínua e rapidamente. SHIMY com todo o corpo Flexiona-se os joelhos rapidamente produzindo um tremor em todo o corpo com ênfase na barriga.

SHIMY com os seios Sacode-se os ombros de um lado para o outro rapidamente.

EGÍPCIO É o passo básico. Em posição ereta coloca-se uma perna em frente a outra. A da frente fica sempre em meia ponta alta. Então sobe-se o lado do quadril que tem a perna à frente, baixa, sobe e chuta com o pé. Pode ser feito lento ou rápido. Dele há variações para acompanhar o ritmos, como subindo e descendo o quadril sem sem chutar, etc.

SEIOS É possível fazer vários desenhos com os seios, a letra "e", minúscula, letra "z" letras "m" e "n", o oito na vertical e horizontal, um círculo e a letra "s". 

TWIST - Coloque uma perna em frente á outra, transfira o seu peso para a perna da frente, depois para a de trás, quando for à frente, faça uma torção leve pra dentro.

OITO QUEBRADO - ou robozinho, levante o pé do chão para levantar o quadril, depois o outro lado e inicie uma marcha assim, sem mexer o tronco, até conseguir fazer também sem tirar os pés do chão (levantando os joelhos .

COMO CONSTRUIR UMA COREOGRAFIA...

Um dos exercícios mais importantes no aprendizado da dança do ventre é a construção de uma coreografia própria. Ao procurar encaixar os passos e movimentos aprendidos em uma música, não apenas se exercita a técnica; aprende-se a ouvir a música coreograficamente. Ou seja, ouvir pensando no corpo e na linguagem de dança aprendida.

Para apoiar minhas alunas na tarefa de construção coreográfica, reuni aqui algumas dicas que, espero, também podem ajudar outras colegas. Essa, no entanto, é a minha maneira de criar coreografia; há vários outros modos.



I - Defina qual música você vai coreografar



1. Se é sua primeira experiência em coreografia, opte por uma música simples. Deixe as mais elaboradas para um segundo momento. É sempre mais interessante começar pelo mais fácil, para evitar frustrações. Defino como simples as músicas com o padrão estrofe 1, refrão, estrofe 2, estrofe 3, refrão. Música pop, "moderna" costuma ser assim;

2. Do mesmo modo, escolha uma música curta. As muito longas dão mais trabalho, exigem mais imaginação para evitar repetições. Chamo de curta a música com duração inferior a sete minutos.

3. Coreografe uma música de que você goste muito. A vontade de dançar ajuda bastante no trabalho criativo.

4. Ouça muitas vezes a música. Procure ouvir com fone de ouvido, para captar sutilezas. Ouça concentrada, prestando atenção. É muito diferente de quando ouvimos uma música enquanto dirigimos, por exemplo.



II - Comece a definir a coreografia



5. Procure ouvir a música novamente, imaginando uma bailarina dançando. Gosto de visualizar uma bailarina imaginária. Geralmente, se me coloco no lugar dessa bailarina, minha imaginação dá uma travadinha nos meus pontos fracos. Deixe-se imaginar algo realmente maravilhoso, ainda que você duvide que consiga executar os movimentos. Se fizer bastante esse exercício verá que a prática melhora bastante. Para mim, pelo menos, funciona.



6. Dê uma dançadinha, cheque se o imaginado se adapta de fato à música, ou seja, se é viável fazer o que se imaginou. Provavelmente vai precisar fazer alguns acertos pequenos, principalmente no tocante à finalização e emenda dos passos. Se você quer muito, muito, muito colocar um passinho que ainda não está saindo legal, aproveite para estudá-lo. Se ele está bem guardado na memória, certamente não custará a passar para o corpo.



III - Defina os movimentos a serem utilizados



7. Observe os pontos altos, explosões e momentos menos excitantes da música. Toda música tem as partes bem marcadas, fáceis, e uma parte que convida à "embromation". Fique tranqüila e identifique os momentos fáceis e os momentos que vão exigir mais de você.



8. Identifique os momentos da música. Na música clássica funciona mais ou menos assim: introdução (não dançada), entrada, tema principal, taksim, desenvolvimento, retorno ao tema principal, finalização. Na música moderna, é tudo mais simples: entrada, primeira estrofe, segunda estrofe, refrão, segunda estrofe, variação simples da primeira, refrão, fim.



9. Lembre-se que as entradas e as saídas são muito importantes. São a primeira e a última impressão de sua dança. Escolha uma entrada com menos agitação de quadris, desfile, mostre sua roupa, seus lindos cabelos e, principalmente, seus dentes. Não corra demais, seja calma, não fique suando loucamente. Você terá tempo para mostrar técnica ao longo da música. Na saída, energia nunca é demais. Pode botar pra quebrar.



10. Evite repetições em um mesmo trecho da música. Dezesseis tempos de básico egípcio fica entediante. Lembre das variações sobre o mesmo passo, se o desespero apertar. Não há problema algum, no entanto, em repetir passos dentro da coreografia. Devem, no entanto, ter ênfases diferentes, porque a música está variando o tempo todo, pedindo para que você dê ao movimento a energia dada às frases musicais.



11. Enriqueça a coreografia explorando bem o espaço. Pontue frente, fundo, direita, esquerda, diagonais. Alternar movimentos altos e baixos também é importante para quebrar a monotonia. Se você já esteve há um tempo "no alto", opte por fechar com um movimento "baixo" - em uma seqüência de básico egípcio e deslocamento com camelo, por exemplo, conclua com um redondo grande.



12. Alterne seqüências estanques com seqüências dinâmicas. Ou seja, não fique apenas parada nem só deslocando. É também importante discernir os momentos em que é melhor ficar parada e os momentos em que a música pede um deslocamento. Geralmente, taksim pede para ficarmos mais quietas, mais introspectivas; quando a orquestra inteira está envolvida, geralmente chama a bailarina para um deslocamento. Assista a vídeos de boas bailarinas observando suas escolhas de movimento .



IV - Anote a coreografia



13. Crie um código para os movimentos usados na dança. Isso vai ajudar na anotação da coreografia. Como sabemos, na dança do ventre não há normatização dos passos, como ocorre com o ballet. O resultado disso é que muita gente dá nomes aleatórios para os passos e ninguém entende ninguém. Há o "patinho", o "ovinho", o "soldadinho", o "sapinho"... E há também nomes que muita gente compartilha, como oitos, redondos, básico egípcio, camelo... Ou seja, não se preocupe com nomes. Se preferir, reúna amigas e procure combinar um padrão entre vocês. Deixe a imaginação fluir.

WORKSHOP EM BANGU DE RÍTMOS

Workshop de Ritmos de Derbak, uma excelente oportunidade para bailarinas de dança do ventre e interessados nessa arte.Workshop em Bangu com Derbake ao vivo . Dia 14/3/2010  ás 14 hs .Inscrições pelo telefone .3335-8096

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

DANÇA DO VENTRE ESTILO CLÀSSICO

Para a dança clássica, utiliza-se músicas, na maioria das vezes compostas para a bailarina. Pode ser dividida mais ou menos assim:


Entrada em Cena > Desenvolvimento da Música (com altos e baixos e ritmos diversos) > Grande Final (a bailarina deve deixar o palco dançando)

Neste estilo de dança, é comum utilizar muitos passos do ballet clássico como o arabeske, giros, chassê, etc.

A parte superior do corpo é mais enfatizada do que a de baixo.

Para a entrada, a utilização de véus é muito bem-vinda.

Este estilo de música foi imortalizada por Om Kalsoum, cantora libanesa que cantava com profunda emoção. Suas músicas chegavam a durar uma hora e suas apresentações eram motivo de feriado para os árabes

DANÇA COM PUNHAL

Hoje em dia o punhal é considerado uma derivação da espada, não tendo um significado padrão, afinal quase nada se sabe sobre sua origem. Há uma versão que diz que essa dança era uma reverência à deusa Egípcia Selkis, a Rainha dos Escorpiões e representava a morte, a transformação e o sexo. Há também a versão que fala que esta dança era usada nos bordéis da Turquia e também se diz que na Arábia e no Marrocos é uma tradição.


Sabe-se também que o punhal era uma arma para defesa de situações que colocassem em risco a vida. Por isso, ficou bastante associada aos ciganos (que também o associavam como um símbolo que purifica as energias) e às mulheres que dançavam na rua em troca de dinheiro e utilizavam-no em situações de perigo.

Existem crenças sem muitas fontes de veracidade a respeito dos significados de cada gesto que a bailarina faz com o punhal durante sua dança. Vejamos alguns deles:

- Punhal com a ponta para fora da mão: A bailarina está livre, sem compromisso; - Punhal com a ponta para dentro da mão: A bailarina está comprometida;- Punhal deitado no peito: Demonstração de amor, ela está apaixonada;- Punhal no meio dos seios com a ponta enfiada no decote: Denotação de sexo;- Punhal na testa com a ponta para baixo: Magia;- Punhal na horizontal da testa: Morte;- Punhal entre os dentes: Desafio;- Equilibrar o punhal no ventre: Fertilidade;- Rodar com ele na testa: Destreza, habilidade;- Bater o punhal na bainha: Chamado para dança;- Punhal entre as mãos: Homenagem a alguém da platéia; boas vindas, alegria;- Passar o punhal pelo corpo: Sedução;- Pegá-lo com a ponta dos dedos e rodá-lo: É o sucesso da bailarina.

O traje para se dançar com o punhal é comum e as músicas devem ser bastante misteriosas e fortes. Dizem que as turcas são ideais. Um dos ritmos mais utilizados é o Wahd Wo Noss.