sexta-feira, 6 de agosto de 2010

COMO CONSTRUIR UM SOLO DE DERBAKE

É necessário mover-se percussivamente, para isso o desenvolvimento das técnicas básicas de dança.


O tremido é a base do trabalho de solo de percussão. Seja fluente e mantenha uma variedade deles. Tal treinamento permitirá a execução de movimentos secos, precisos e pontuados . Um movimento seco é aquele em que há uma forte ênfase em seu final, dando um sentido percussivo. Isso poderá ser percebido no modo como o xale de quadril se move: moedas vão vibrar durante o tremido suave, mas deverão literalmente pular durante as marcações.



Alguns shimmies a desenvolver são: shimmie em L.

Marcações de abdome, de tronco, de ombros ou mesmo de cabeça.

Marcações tanto a pelve quanto o tronco são perfeitas para marcar os acentos da música.

Batidas: tanto a pelve quanto o tronco permitem marcar os acentos da música, como básicos secos , batida pélvica, twist de quadril .

Os quadris são a base para uma boa apresentação de solo de tabla.

• pratique grandes e pequenos movimentos de quadril, variações de velocidade (rápido e devagar);

• trabalhe na divisão de movimentos grandes em pequenos e precisos (como o realizado com a ondulação de tronco e de braços; tente com os oitos, com os redondos);

• amplie seu tremido e depois deslize de um lado a outro, transferindo seu peso de um pé para o outro;

• junte um tremido a qualquer outro movimento como o camelo para fora ou um oito. Isto é particularmente efetivo quando surge no solo uma espécie de som que parece estar enrolando ou quando a percussão é tão rápida que você não tem condições de pegar todas as batidas;

• tente colocar boa parte do peso na perna de base, liberando o quadril da outra perna para executar básicos, batidas, círculos, oitos verticais. Isto focalizará a atenção da audiência em um ponto específico e permitirá que você respire apesar dos tremidos.

• outra técnica envolve começar um movimento suave no seu quadril direito (como o oito maia), mas logo mudando para um movimento seco (como uma descida seca) quando você move seu quadril esquerdo. Muito eficaz quando o derbaque realiza uma batida suave seguida por uma ou duas explosões secas.

Usualmente a execução de um solo de percussão é fixa no lugar, entretanto pode haver um pouco de deslocamento.

Pratique tipos de deslocamentos que você possa realizar de maneira rápida, bem como giros e pequenos passos rápidos. As pausas ou os momentos suaves da música são boas oportunidades para deslocar ou girar.

Tente mover-se em posições diferentes – de costas, de lado, ou na diagonal - para a audiência.

Sua mente tem que estar ativamente envolvida não apenas em lembrar seu repertório de dança, mas em conhecer a música por dentro e por fora, pois com um solo, não há como fingir.

Tente ouvir além do derbake.

Cante o solo do seu jeito (dum-tá-dum-dum-tá-tá,dum-tá-dum-dum, aumentando e abaixando a voz) e ouça a melodia da percussão.

Ouça todas as pausas e o nível do derbake (suave ou alto).

Sinta o humor da música.

Devido à espontaneidade e à improvisação do solo de percussão, pode-se optar por não coreografá-lo. Entretanto tente planejar algumas combinações dinâmicas para as partes especiais.

Por exemplo, se a música tem uma longa e rápida suavização seguida de vários dum-dum-dums secos, tente um twist com shimmie e então acerte os acentos com uma batida de pelve ou de abdome, ou uma explosão de tronco (então o movimento seco ecoa por seu corpo). Com boas combinações é possível acrescentar peso à improvisação, além de desobrigar a apresentar algo novo sempre.

Ao coreografar, procure um solo em que o derbake principal toque frases distintas, visando assim estruturá-lo por inteiro. Isso ajuda a visualizar o corpo do solo e a tocar o tema e a variação dentro dos movimentos elaborados para que a continuidade e o interesse sejam mantidos, além de evitar que tudo seja previsível ou monótono.

Experimente alegria ao conectar seus movimentos às elaborações do derbake principal, enquanto respeita constantemente o ritmo. Diversifique o tremido, mas não complique demais, ou ocorrerá o risco de perder a ligação com a música.

É importante que a audiência identifique seus movimentos. Não se esqueça, às vezes os momentos mais dramáticos são aqueles nos quais você não marca tudo!

Embora a percussão seja empolgante, a riqueza e a complexidade dos outros instrumentos são bastante valiosas. O solo se tornará muito mais rico se não seguir-se o derbake

A expressão facial permite a conexão com o público e a manutenção de sua atenção, além de marcar a diferença em como será a resposta à sua dança.

Embora não seja obrigatório sempre sorrir, é importante praticar o sorriso, do mesmo modo como é feito com o tremido.

Treine no sentido de colocar seu coração e sua alma em seus movimentos. O derbaque parece uma serra? Deixe que a audiência perceba isso em sua face e na força do movimento de seus quadris.

Um solo hipnótico, como um transe, deve ser desenvolvido com atitude e energia completamente diferentes, mas essas características precisam perpassar toda a apresentação da música escolhida.

Um solo de derbake ao vivo é na realidade um dueto. Juntos, a bailarina e o derbaquista criam uma peça especial de apresentação. É necessário conscientizar-se de que não se está só no palco e que o parceiro não deve ignorado. Posicione-se de modo que você possa facilmente ver o derbaquista. Use o contato visual e contato de olho-mão para se comunicar (quer dizer, esteja apta a ver o que as mãos dele estão fazendo – os seus olhos veem as mãos dele);



Além dos tópicos abordados no Shimmie , outros pontos específicos devem ser enfatizados sobre a dança com percussão ao vivo:

2 - Organize o cenário. Como será o início: no palco ou fora dele; devagar ou rápido; com o ritmo, com uma entrada espetacular;

3 - Decida o tema de sua apresentação: o que você quer dançar;

4 - Decida com seu derbaquista o tempo e a emoção. Isto ajudará a decidir o ritmo a escolher: o chiftitelli é excelente trabalhar com solos lentos, enquanto que o malfuf pode ser usado para um número rápido;

5 - Deseja mostrar a habilidade ao tremer ou destacar seus isolamentos. Isto também influenciará o que o derbaquista vai tocar (para variações de tremidos, você quererá muitas variações rápidas de batidas; para os isolamentos, o percussionista pode realmente tocar um pouco mais livre então você pode dançar a melodia);

6 - Divida a apresentação em partes: estabeleça se você deseja ralentar no meio, ter pausas, acelerar no final;

7 - Pretende destacar algo em especial: o derbaquista precisa saber para poder segui-la e implementar a finalização do show;

8 - Algumas inclusões podem ser feitas como: acessórios (espada, bengala, véus, leques), acompanhamento com snujs (tenha certeza que o derbaquista toque um ritmo que você possa tocar), trabalho de chão, cambrês ou aberturas (determine se você precisará de um ritmo ou de mudança de tempo para acomodar estes movimentos);

9 - Como terminará a apresentação? Isso será o que a audiência lembrará quando sair. Mesmo que o restante tenha sido realizado de modo aleatório, você deve amarrar o final. Se você não planejou o início da música com o derbaquista, esta parte deve ser programada. Coisas a serem estabelecidas são: devagar e vai abaixando ou rápido e impactante, acerte o ritmo ou caminho para o final, combine sinais para indicar a finalização (por exemplo, um gesto, uma palavra), programe uma pose final e permaneça nela (mesmo que o derbaquista se distraia e permaneça tocando – ele rapidamente parará e isso será melhor do que se você tentar recomeçar a dançar);

10 - Entre em sintonia com o derbaquista. Ele é seu parceiro nesta dança. Seria ideal se você pudesse ensaiar com ele antes da apresentação, mas algumas vezes isto não é possível.

11 - Desenvolva sincronia: observe as mãos dele (veja quando ele se prepara para tocar os dums ou os floreados), antecipe os modos da música dele (se você perder o primeiro dum-tak, esteja pronta para o segundo e, às vezes, para o terceiro e para o quarto), combine sinais (gestos, movimentos específicos que indicarão quando ralentar, acelerar ou terminar);

12 - Interaja com o derbaquista (use humor, expressão facial, piscadas) de modo que a audiência perceba o dueto.

13 - Planeje sua dança. Uma profissional sempre se prepara para toda a apresentação, mesmo que nessa performance a música diga como ela deve se mover;

14 - Evite muito deslocamento. Diferentemente da música gravada, onde você é solista e pode planejar grandes deslocamentos, a percussão ao vivo é imprevisível. Você não quer se perder completamente do derbaquista e tão pouco quer dançar a música (por exemplo, se você iniciou um giro através do palco de acordo com a marcação feita e ele muda repentinamente para uma parada seca).

15 - Tente ouvir todos os sons do derbake (dums e taks), mas se não limite a somente marcá-los. Para uma parte, marque precisamente o ritmo; para outra, aplique um movimento suave que flua com o ritmo;

16 - Esteja aquecida e pronta para experimentar;

17 - Utilize as pausas a seu favor (a parada ajuda na mudança de posicionamento);

18 - Seja a música! Este é o mais importante e dinâmico momento para fazer seu corpo refletir a música que ele está ouvindo. Quando o percussionista suaviza e ralenta o ritmo, você faz o mesmo. Quando ele é seco e alto, você deve ser precisa e forte.

19 - Divirta-se! Se você ama dançar, relaxe e deixe acontecer.

WHORKSHOP 11/8/2010

SHIMMIES E VARIAÇÕES COM DERBAKE AO VIVO . INSCRIÇÕES PELO TEL. 3335-8096