quinta-feira, 23 de setembro de 2010

COMO INTERPETRAR UMA MÚSICA CLÁSSICA

Quando dançamos uma música clássica, o que guia nossos movimentos? O ritmo ou os instrumentos musicais? Pois é, são os instrumentos musicais que definem a forma do movimento executado pela bailarina. Os ritmos apenas servem para nortear a dança, para marcar se o momento da música é para deslocamento ou se é para a bailarina ficar parada, mas não dizem qual leitura da música a bailarina vai desenvolver; quem o faz é a melodia. A música, assim, tem que ser toooooooda interpretada, em todas suas variações melódicas, não só em suas marcaçõeS .
Nas músicas clássicas, temos os instrumentos de percussão, de sopro, de corda e alguns importados, como o Acordeon (instrumento austríaco, inspirado em um parente pobre chinês). Destes, os primeiros são responsáveis pela composição rítmica, podendo realizar floreios, enquanto os demais desempenham a função melódica da música, podendo acompanhar a percussão, criando uma frase musical; apresentar uma improvisação melódica (Taqsim); e vir numa estrutura isolada da percussão (cada um sola em uma vez). A maioria das músicas árabes - em especial as egípcias - utilizam a estrutura de "pergunta e resposta" entre um solista e a orquestra, isto é, entre os instrumentos melódicos. Estas combinações podem estar presentes em uma só música, e é a bailarina que interpretará tais momentos, de acordo com o tipo do instrumento melódico que estará tocando .
Antes mesmo de distinguirmos os instrumentos, existem percepções que são comuns para se ter em qualquer música clássica:
1 - Como diz Hossam Ramzy, a bailarina é parte da orquestra! Ela está ali dançando da mesma forma que o músico está ali tocando; a sua interpretação compõe uma das frases da música, devendo seguir a melodia e lhe dar forma.
2 - Ao som dos instrumentos de percussão, o que se marcará será o acento do ritmo (como nos dois DUNS do baladi). Pode-se marcar um instrumento de percussão, por exemplo, no início de um novo momento da música, no tilintar de um snuj, quando a percussão está solando, entre outros.
3 - Os movimentos da bailarina acompanham a variação da melodia, nas subidas e descidas de tom (se a nota sobe, a bailarina sobe, etc), nas pausas, nas oscilações (variações longas, movimentos grandes, etc), deve haver harmonia entre a melodia e a dança. Ao som da orquestra, os movimentos são expansivos, ao som do solistas, eles são contidos, floreando apenas no final da frase, procurando destacar o momento do solista.
4 - Em toda música clássica, temos uma sequência de folclore. É importante identificá-la e marcá-la do seu início ao fim .

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